Economia
O cenário mais positivo para a economia brasileira no segundo trimestre parece já consolidadas e foram disseminadas entre os diferentes setores da indústria, seja no plano da produção, seja em termos de confiança, sugerindo, um impacto menos negativo da pandemia na atividade econômica. O desempenho do comércio também retrata esse cenário, em parte impulsionado pelo programa de renda básica emergencial. A discussão se volta mais para a sustentabilidade desse fenômeno. Há dois condicionantes principais para a avaliação da atividade prospectiva: 1) decisão em torno da continuidade do programa de transferência de renda e 2) percepção em torno do risco fiscal. O quadro inflacionário segue bem comportado, o que permitiu mais uma redução de 0,25 p.p. na Selic. A taxa básica de juros deve permanecer nesse patamar ao longo do ano. A política monetária segue respondendo mais aos movimentos internacionais do que às questões domésticas. Há viés positivo para a projeção do PIB para 2020.
Política
O quadro político aponta para um balanço de risco elevado para a gestão da política econômica, em especial para a questão fiscal. A despeito da redução do risco de interrupção do mandato, o governo não ganhou maior autonomia na condução da política econômica. A tentativa de melhorar as relações entre os poderes é limitada pelas disputas na centro-direita, com destaque para a corrida em torno do comando das casas legislativas. Não por acaso, dois partidos importantes (MDB e DEM) saíram do bloco parlamentar majoritário, resultado de uma postura de independência em relação ao governo. As pesquisas mais recentes de opinião pública mostram uma estabilidade na popularidade presidencial. O presidente conseguiu se proteger dos efeitos negativos da pandemia. Essa estabilidade do capital político confirma as chances mais reduzidas de impeachment. O governo deve intensificar os sinais para o eleitorado mais vulnerável em nome do projeto presidencial.