Internacionales

Brasil | Se revisó a la baja la proyección de crecimiento

Economia

A economia brasileira enfrenta sinais de dificuldades para uma retomada mais forte do crescimento. A combinação entre fatores domésticos e internacionais antecipam um quadro de dificuldades futuras, reforçando uma visão mais conservadora quanto ao ciclo econômico, nesse primeiro ano de mandato Bolsonaro. Não por acaso, a Tendências revisou as projeções de atividade para o final de ano, com destaque para a revisão da projeção de crescimento de 2,0% para 1,6%. Os resultados correntes decepcionantes adicionados ao quadro político complicado contribuem para a reversão das expectativas dos agentes econômicos. A leitura da Tendências é de que os sinais futuros de votação da reforma da Previdência possam gerar um segundo semestre mais dinâmico para a atividade. Os ativos brasileiros sofrem diante desse quadro de incertezas no curto prazo. Tal cenário, contudo, não deve gerar forte instabilidade macroeconômica. O quadro inflacionário segue acomodado, o que permitiria uma redução da taxa de juros ao longo do segundo semestre. Esse cenário, contudo, segue em risco elevada por conta do quadro político bastante desafiador.

Política

O quadro político segue marcado por forte instabilidade, especialmente diante dos conflitos no interior do bolsonarismo. A celeuma entre o núcleo ideológico e militar segue gerando constrangimentos ao presidente com efeitos negativos para a credibilidade do governo. A percepção de desgoverno é crescente, o que provocou mudanças importantes na leitura dos agentes econômicos em relação à atual administração. A despeito dessa instabilidade, a reforma da Previdência segue com tramitação na Câmara, após a votação no âmbito da CCJ. O quadro de aprovação na Câmara antes do recesso parlamentar é cada vez menos viável. O cenário básico segue apoiado na  aprovação da medida em outubro de 2019, em sua versão definitiva.A falta de
coalizão política formal enfraquece os poderes de agenda do governo, especialmente no tocante a reforma da Previdência. Os parlamentares temem fortalecer o governo em função da elevada centralização política. De todo modo, o governo dá sinais de maior pragmatismo na sua relação com
o Congresso.



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