Economía
O ano de 2019, uma vez mais, foi decepcionante para o crescimento econômico brasileiro. As expectativas dos agentes não se confirmaram em razão dos problemas de demanda doméstica e de um cenário internacional mais turbulento. De todo modo, a aprovação das medidas no campo fiscal deixam um gatilho importante para a economia. Com a percepção de risco mais baixa, condições financeiras estimulativas e fundamentos equilibrados, já são claros os sinais de ganho de tração da economia brasileira, decorrente de motores como o consumo das famílias e os investimentos privados. O consumo das famílias tem amparo: a) na recuperação gradual do mercado de trabalho, inicialmente pautada no trabalho informal de aumento do mercado formal marcado por melhor qualificação e salário médio mais alto e b) na recuperação consistente do crédito.
Política
No plano político, os esforços do núcleo governamental serão menos dedicados às reformas e mais à criação da nova legenda, Aliança pelo Brasil, partido que deve abrir o bolsonarismo, especialmente em sua dimensão conservadora. Grosso modo, uma legenda precisa ser viabilizada até março de 2020, para permitir sua participação nas eleições municipais. O núcleo político próximo e o presidente devem aprofundar as regras da agenda de valores como parte da estratégia de mobilização. 2020 deve ser marcado pelo amplo debate de temas de ordem constitucional, em linha com o esforço de ampliar uma agenda fiscal, por meio da incorporação dos entes federados e da agenda tributária ao debate. O cenário político esperado, então, autoriza a viabilidade das projeções econômicas da Tendências Consultoria, mas não confirma a onda de otimismo presente nos discursos oficiais.
