Internacionales

Brasil | A atividade econômica inicia o terceiro trimestre em aceleração

Economia

A atividade econômica parece iniciar o terceiro trimestre em ritmo de aceleração. Tais sinais vêm, sobretudo, do desempenho de indicadores do comércio e dos ramos de serviços preponderantemente ligado à demanda das famílias.  Também vale destacar os sinais de consistente melhora emitidos pela construção civil em diferentes etapas da cadeia produtiva. Contudo, uma importante preocupação é a evolução da renda do mercado de trabalho. A combinação de perdas reais dos rendimentos e desaceleração do ritmo de expansão dos ocupados tem proporcionado sistemática desaceleração da massa de renda. O quadro inflacionário surpreendeu de forma positiva e registrou deflação em setembro (-0,04%) – a menor variação para o mês desde 1998. Para o ano, nossa projeção de 3,8% tem viés de baixa e será revisada após o resultado de setembro. Neste contexto de quadro inflacionário benigno e ainda lenta recuperação econômica, a Tendências avalia que o ciclo de afrouxamento monetário deve continuar para além da reunião de outubro, o que significa um corte adicional na reunião de dezembro, de 50 bps, levando a Selic a encerrar o ano em 4,5%.

Política

O quadro político brasileiro ainda autoriza uma leitura conservadora com relação à diminuição do risco político. A expectativa é de perda de eficiência da “governabilidade parlamentar” como mecanismo de tomada de decisão, o que deverá acarretar em maior lentidão na aprovação da agenda econômica. Assim, os sinais oriundos da política dificultam a redução da incerteza econômica, contribuindo para o entendimento da modesta recuperação econômica.  A coordenação “espontânea” dos parlamentares deve ter um custo maior ao longo do tempo. O primeiro ponto é decorrência natural entre os conflitos na centro-direita. O calendário eleitoral deve aumentar a força centrífuga dentro do bloco, diante da baixa popularidade presidencial. Há conflitos crescentes entre os atores no petismo, o que reforça a tendência de maior rivalidade. As eleições municipais, em boa medida, são os primeiros passos para construção de projetos eleitorais mais ambiciosos. A perda de capital político do presidente Bolsonaro cria rivalidade no campo antipetista.

 



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