Economía
Os dados mais recentes confirmam a avaliação de um quadro mais positivo para a economia brasileira. A explicação desse cenário deve ser encontrada na combinação de um cenário internacional mais benigno, particularmente a dinâmica das commodities com maior pela resiliência da economia em relação à pandemia. As medidas para restringir o isolamento social foram mais flexíveis, o que contribuiu para um cenário de retomada mais forte da economia associado à um quadro perverso de óbitos em decorrência da covid-19. Nossa avaliação para a economia brasileira ainda é conservadora por conta dos riscos eleitorais e de uma possível crise hídrica ao longo do segundo semestre. Essa retomada mais forte trouxe um aperto monetário adicional diante de um quadro inflacionário acima da meta estabelecida no regime de metas. Esse quadro é mais alarmante dado o controle do risco fiscal associado à relação dívida/PIB menos elevada. Não por um acaso, a taxa de câmbio segue em direção de apreciação diante do otimismo dos mercados.
Política
O quadro político está marcado por diversos focos de agenda negativa para o governo, especialmente diante da CPI da pandemia. Esse cenário de perda de popularidade presidencial, aumento dos conflitos institucionais e menor ambição da agenda econômica, por ora, não está gerando impactos nos preços dos ativos financeiros do País. A despeito da tendência de reforço da polarização política, não se esperam mudanças relevantes na percepção de que o risco fiscal está controlado no curto prazo. A popularidade presidencial continua sendo afetada pela combinação de elementos econômicos e políticos. Apesar dos bons resultados da atividade no primeiro trimestre de 2021, o quadro inflacionário e o mercado de trabalho, com desemprego em alta, limitam os ganhos políticos do governo. Assim, a tendência de um risco elevado de populismo econômico diante da necessidade do presidente em conquistar o eleitorado de menor renda.