Internacionales

Brasil | ¿Qué sucederá en el frente cambiario?

Economia

A atividade econômica continua sob efeitos da pandemia, especialmente pelo canal do reforço das medidas de isolamento social. Os resultados mais recentes, contudo, sugerem a possibilidade de um efeito menos negativo do que o período da “primeira onda”, mantendo um viés ligeiro de alta para atividade em 2021. Para o curto prazo, os dados ainda devem mostrar recuperação moderada ainda afetada pelo calendário com atrasos da vacinação. O segundo semestre, especialmente depois da consolidação dos programas de governo, deve trazer números mais relevantes para o ciclo econômico. O balanço de riscos para o câmbio foi alterado de forma significativa entre os componentes domésticos e externos. A paisagem internacional pesa no sentido da desvalorização do dólar em relação às demais moedas, por conta das preocupações inflacionárias crescentes. De todo modo, a questão fiscal é ainda uma restrição para o comportamento da taxa de câmbio, o que deve limitar a trajetória da moeda ao que seria um patamar de equilíbrio em linha com os fundamentos econômicos.

Política

Os vetos presidenciais ao orçamento de 2021 tiraram o quadro político do foco dos agentes econômicos, devido ao efeito benéfico na emenda do teto. Dito de modo mais direto: a recomposição das despesas obrigatórias sugere que o teto constitucional dos gastos fica preservado até o final da atual administração. Tal visão minimiza os riscos prospectivos do quadro fiscal/orçamentário e, especialmente, não capta o viés negativo para o ambiente político no curto prazo. A CPI da pandemia no Senado deve manter o governo sob agenda negativa, gerando tensões político-institucionais por parte do presidente, em uma estratégia de minimizar os danos das investigações. As portas não estão fechadas para as algumas das reformas por conta, especialmente, das mudanças regimentais em tempos de trabalho remoto. Os líderes partidários e os presidentes da casa legislativa têm maior autonomia para levar um projeto ao plenário. A janela de governabilidade é curta por conta da falta de planejamento e de um governo que tensiona com os legisladores.



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